O conto relata um momento importante para a vida de Rosa (personagem que busca equilíbrio e perfeição em tudo), mas acaba por demonstrar "o cinismo consigo mesma", decepcionando narrador e leitor. Rosa é exageradamente perfeccionista e cercada pelo ambiente que sua mãe lhe ensinara, cheia de simetria e perfeição, simbolizado pela tiara (significando a ordem e o seu poder) de acordo com o narrador: "A perfeição é frágil." O seu mundo é símbolo do exagero e da irrealidade, sendo um simples quadro torto na parede o início da reflexão sobre suas ações e sua vida. Certo dia, ao sentar-se no sofá, depara-se com o tal objeto fora de sua "ordem natural"; desta forma, Rosa vai em busca do seu porto seguro, um prumo, para voltar a sua paz interior, mas não encontra. Desesperada, fora de seu hábito constante de controle sobre tudo, fala: "Onde está a porra daquele maldito plumo?", a partir desse momento tudo muda; a personagem adentra num estado de reflexão sobre as escolhas que fez na vida. Como o narrador afirma: "E tudo era novo em Rosa, como também novas as suas palavras", chegando a retirar sua tiara. Acreditamos que tudo mudará em sua vida, mas ao cair no sono (representando o fim do processo de mudança), tudo volta ao "normal", como se nada estivesse ocorrido. É importante ressaltar dois elementos que estabelecem a ideia de prisão da personagem, a tiara e o prumo. A tiara mostra ser o "poder, glória e prisão"; o prumo, a busca eterna pela "ordem e simetria".
As informações sobre a contista Sibéria de Menezes Carvalho são:
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