30 de ago. de 2017

Um conto por dia: O carrasco, Francisco Alves Rocha



      Através do título o conto já propõe a perspectiva do crime, do julgamento, do culpado, da culpa, da sentença, da vítima; mas, o contista Francisco Alves Rocha coloca seu 

     A narrativa inicia com a procura e compra de um sítio (antes denominado de Venha Ver e após a negociação, Sítio Nada a Ver) por necessidade do dono de se tornar um ermitão, conforme afirma no conto, "um ermitão moderno, digamos".  Podemos captar o interesse do dono em viver isolado da cidade e de companhias  a partir da descrição do lugar e de suas novas denominações:

"Além da casa sede, que denominei de 'mosteiro', havia no local um pomar, o 'Éden' uma pequena área coberta de plantas nativas, a 'Floresta negra' e, finalmente, o 'Lago dos cisnes' (...) (2012, p.33)* 

   Devido as necessidades alimentícias o narrador teve a necessidade de se relacionar com o personagem Seu Carrim, senhor "de meia-idade e um negro intenso", o mesmo passou a frequentar seu refúgio com histórias da cidade, suas aventuras, dentre outros. 

       A partir deste momento o narrador começa a contar o fato que leva o nome do conto, o mesmo se autodenomina, respectivamente, como: único protagonista, acusador, defensor, jurado, juiz, executor ou carrasco. Ficamos na expectativa dos fatos seguintes. Como? De quem? Por qual razão? 

   Conhecemos o personagem que sofreria a pena. Tomamos conhecimento das circunstâncias que chegou ao Sítio Nada a Ver, como conquistou o narrador e o motivo do mesmo ser seu carrasco. Ao final do conto, ficamos aliviados juntos com o narrador devido a reviravolta da narrativa.


As informações sobre o contista Francisco Alves Rocha são:

"Nascido no Crato e filho do poeta João Alves Rocha. Iniciou desde cedo à produção de contos literários. Seus contos apresentam influências dos diversos estados onde já morou e de uma vida ligada à família e aos amigos."*


*IV Coletânea de contos. _ Fortaleza: SESC, 2012. 






29 de ago. de 2017

Shakespeare and Company: 
uma livraria na Paris do entre-guerras, de Sylvia Beach

              O texto aborda o relato pessoal da americana Sylvia Beach acerca da idealização e implantação de sua famosa livraria Shakespeare and Company que se localizava na Rue de l'Odéon número 12, em Paris. 

              Na livraria circulava a venda e "empréstimo" voltados para a Literatura Inglesa, bem como ponto de encontro para vários escritores e intelectuais da geração perdida, dentre eles Ernest Hemingway, James Joyce, Ezra Pound.



Foto: Jessica Souza

         Sylvia Beach relata fatos de sua vida e diversos que cercaram a livraria. Um dos marcantes está na sua relação e apresso por James Joyce, descritos na sua coragem e esforço pela primeira edição de Ulysses (1922).