20 de mar. de 2014

   Sobre a Leitura - Marcel Proust 


Marcel Proust (1871-1922) nasceu e morreu nas terras francesas, seu nome é conhecido pela publicação de Em busca do tempo perdido*, conjunto de sete livros que busca pela descrição a apreensão do tempo, portanto sem a presença de uma única temática. Além do mais, a maravilha destes tomos também consiste pela grande conquista de leitores e reconhecimento entre as maiores obras  da literatura mundial.

Capa
     Entretanto, o livro que proponho comentar é, na verdade, um prefácio escrito em 1905 por Proust para a tradução do livro Sésame et les Lys de John Ruskin¹, antes da sua obra prima (já citada). Em Sobre a leitura o leitor, que tem ou não o primeiro contato com o escritor francês, encanta-se pois este recorre a sua infância para iniciar seu discurso em favor da leitura; com uma das justificativas de que "o que as leituras da infância deixam em nós é a imagem dos lugares e dos dias em que as fizemos." p.27 

Exemplificando com o primeiro trecho do prefácio:
"Talvez não haja na nossa infância dias que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que pensamos ter deixado passar sem vivê-los, aqueles que passamos na companhia e um livro preferido." p.9
Contra-capa


     Assim, descreve em ricos detalhes os momentos que estava lendo O capitão Fracasso, de Theophile Gautier, principalmente nas férias, divididos em antes do almoço, pós-almoço e até as últimas horas da noite.Após esse discurso memorialístico Proust explicar por que o utilizou e cita suas leituras e influências que o levaram a ir em busca de conhecer cada vez mais escritores e todas as obras dos seus favoritos, para o fim de apreender a totalidade de seu pensamento. O prefácio apresenta ainda diversas questões ligadas a literatura, aos leitores, arte, bibliotecas e memória; ótima escolha de leitura.

 
PROUST, Marcel. Sobre a leitura. Trad.Carlos Vogt. - Pontes Editores, Campinas, SP. 5°ed - 2011.




*Livros em ordem de publicação. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Em_Busca_do_Tempo_Perdido)
  1. Du côté de chez Swann (No caminho de Swann 1913)
  2. À l'ombre des jeunes filles en fleurs (À sombra das raparigas em flor, 1919, recebeu o prémio Goncourt desse ano)
  3. le Côté de Guermantes (O caminho de Guermantes, publicado em 2 volumes de 1920 e 1921)
  4. Sodome et Gomorrhe (Sodoma e Gomorra, publicado em 2 volumes em 1921-1922)
  5. la Prisonnière (A prisioneira, publicado postumamente em 1923)
  6. Albertine disparue (A Fugitiva - Albertine desaparecida, publicado postumamente em 1927) (título original: La Fugitive)
  7. le Temps retrouvé (O tempo reencontrado, publicado postumamente em 1927)
¹John Ruskin (1819-1900): escritor, crítico social e de arte londrino com diversas publicações. Constantemente citado por Proust, em Sobre a leitura, para exemplificar seus pensamentos e atos de valorização a leitura e conservação de bibliotecas.

19 de mar. de 2014

As crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

 

cslewis      Considero importante conhecermos, mesmo que pouco, acerca dos escritores. Assim, Clive Staples Lewis, que nasceu e morreu no Reino Unido (1898-1963), conhecido como C. S.. Lewis, cultivou em sua vida diversidade de de talentos, tais como:  romancista, poeta, acadêmico, dentre outros.
Sua célebre obra, ou que é mais conhecida, chama-se “As crônicas de Nárnia” em sua totalidade, mas esta é formada por sete livros chamados respectivamente por: O sobrinho do mago, O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, O cavalo e seu menino, Príncipe Caspian, A viagem do Peregrino da Alvorada, A cadeira de prata e  A última batalha.

ascronicas      A sequência dos livros representa a criação de Nárnia e vários estágios desta até seu “fim”, as aventuras têm crianças como protagonistas. Gostei da leitura, há questões filosóficas e religiosas; não considero como um conjunto de histórias só para crianças, mas para o público leitor em geral. 

        Li através do volume único (e edição ilustrada com 751 páginas) publicado pela editora Martins Fontes. Algo que me propus refletir foi a linguagem utilizada na tradução sendo bastante acessível e com termos atualizados usados pelo público alvo em questão, infanto-juvenil. Futuramente, pretendo relê-los no original  tanto para realizar contraste e atualizar as diversas relações que passaram despercebidas na primeira leitura de Nárnia.

         O volume conta ainda com artigo de C. S. Lewis chamado “Três maneiras de escrever para crianças”. Boa leitura!