Através do título o conto já propõe a perspectiva do crime, do julgamento, do culpado, da culpa, da sentença, da vítima; mas, o contista Francisco Alves Rocha coloca seu
A narrativa inicia com a procura e compra de um sítio (antes denominado de Venha Ver e após a negociação, Sítio Nada a Ver) por necessidade do dono de se tornar um ermitão, conforme afirma no conto, "um ermitão moderno, digamos". Podemos captar o interesse do dono em viver isolado da cidade e de companhias a partir da descrição do lugar e de suas novas denominações:
"Além da casa sede, que denominei de 'mosteiro', havia no local um pomar, o 'Éden' uma pequena área coberta de plantas nativas, a 'Floresta negra' e, finalmente, o 'Lago dos cisnes' (...) (2012, p.33)*
Devido as necessidades alimentícias o narrador teve a necessidade de se relacionar com o personagem Seu Carrim, senhor "de meia-idade e um negro intenso", o mesmo passou a frequentar seu refúgio com histórias da cidade, suas aventuras, dentre outros.
A partir deste momento o narrador começa a contar o fato que leva o nome do conto, o mesmo se autodenomina, respectivamente, como: único protagonista, acusador, defensor, jurado, juiz, executor ou carrasco. Ficamos na expectativa dos fatos seguintes. Como? De quem? Por qual razão?
Conhecemos o personagem que sofreria a pena. Tomamos conhecimento das circunstâncias que chegou ao Sítio Nada a Ver, como conquistou o narrador e o motivo do mesmo ser seu carrasco. Ao final do conto, ficamos aliviados juntos com o narrador devido a reviravolta da narrativa.
As informações sobre o contista Francisco Alves Rocha são:
"Nascido no Crato e filho do poeta João Alves Rocha. Iniciou desde cedo à produção de contos literários. Seus contos apresentam influências dos diversos estados onde já morou e de uma vida ligada à família e aos amigos."*
*IV Coletânea de contos. _ Fortaleza: SESC, 2012.
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