25 de out. de 2018




O conto Seu Dé registra a história de um "ex-alcoólatra" até  o resultado de sua comemoração longe do álcool.  

Após abstinência de quatro meses, Seu Dé comemorou bebendo quatro litros de pinga referentes ao tempo parado. O bar encheu de pagantes. Mas interessante é o seguinte trecho: "Provou pra seu Geraldo do bar que não era nenhum vira-latas... provou para a sua mulher que ainda podia trabalhar de 'pastoreador' de carros." 

Ele mostra a ironia pelo destino de Seu Dé que ao se negar voltar para casa dorme embaixo de um caminhão e: 

"Dê se acomodou debaixo do carro e dormiu, dormiu fácil, sonhou que voava e dava giros em torno do pico da serra do Catolé ao redor da estátua do padre Cícero, que furava as nuvens como uma flecha e dava rasantes  perto das juremas... Dormiu seu Dé, e nunca mais acordou."

Com esse final sabemos que o conto trata-se de uma homenagem in memoriam ao Seu Dé. Texto bem simples e de fácil leitura com referências bem regionais do Cariri. Possível local onde o personagem e contista conviviam.
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* Sobre Ricardo da Costa Campos

Tem 2 publicações pelo Sesc, através do performance poética (Fragmentos e Tereza), um dos ganhadores do III Concurso de contos do Sesc Unidade Crato em 2010 (A sombra do Invisível), 1 publicação pela UECE - Universidade Estadual do Ceará (Carta a Teófilo). Artista Visual e integrante do Grupo "Roteiros poéticos Boêmios".

*Reprodução biográfica está no livro IV Coletânea de Contos.



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